O maior legado do PlayStation 3 foi nos ensinar a dizer não à pirataria


É indiscutível que o ciclo de vida do PlayStation 3 está cada vez mais próximo do fim. A Sony ainda não revelou oficialmente o seu substituto, mas com certeza a empresa já está desenvolvendo o console de próxima geração, faltando apenas exibir ao público e quem sabe definir uma data de lançamento.

Eu sei que muita gente vai reclamar, falar que o PlayStation 3 ainda tem muito o que dar aos jogadores ou mesmo dizer que o console foi comprado a pouco tempo. Mas a verdade é que ele foi lançado em 2006 e de lá pra ca muita coisa mudou, evoluiu. Lançar um novo console é a tendência natural da indústria e depois desses 6 anos de vida, começo a analisar o que o PlayStation 3 teria deixado de mais importante aos jogadores.

Muitos irão dizer os jogos em alta definição, outros as jogatinas online, outros as compras de jogos e DLCs pela PlayStation Store e por fim alguns ainda citarão o Blu-Ray como principal destaque do console. Mas na minha opinião, nenhum desses fatores realmente marcaram a geração. Para mim, o maior legado do PlayStation 3 foi nos ensinar a dizer não à pirataria, algo apenas possível graças a todos os fatores que citei acima.

Quando o console foi lançado, a introdução de uma mídia totalmente nova e cara, somados a sistemas de segurança avançados, tornou a pirataria impossível. Com isso, quem queria ter um PlayStation 3 era “obrigado” a comprar jogos originais, algo que para nós brasileiros fugia um pouco da realidade. Vinhamos da geração do PlayStation 2, talvez o console mais pirateado que já vimos e esta quebra de “tradição” fez com que muitos donos de PlayStation 2 optassem pelo Xbox 360, que já dava sinais de desbloqueio. Sorte de quem optou pelo PlayStation 3.

O console, que  emplacou em 2007 / 2008 com a chegada de jogos como Uncharted: Drakes Fortune, Metal Gear Solid 4 e Grand Theft Auto V, viu um movimento interessante dos jogadores, a “valorização dos jogos”. Antes os jogadores gastavam R$200 em 20 diferentes jogos e com o PlayStation 3, este número caiu para apenas um. Criou-se então a necessidade de conhecer melhor o jogo antes dele ser adquirido e somado a isso o tempo de aproveitamento para cada jogo aumentou muito. Quem aqui nunca comprou mais de cinco jogos piratas de uma só vez, testou todos por apenas 10 minutos e depois os engavetou junto com uma centena de outros títulos jamais aproveitados? Acredito que todos os donos de PlayStation 2 desbloqueados passaram por esta situação.

O fato é que com o PlayStation 3 esta prática simplesmente acabou. Os principais motivadores foram justamente os itens que citem no início deste texto: os jogos em alta definição, as jogatinas online, as atualizações dos jogos, os DLCs, etc… Ao se acostumar com todos estes “serviços”, o jogador viu que realmente vale a pena manter o console bloqueado.

O legado dos jogos originais foi tão grande e tão forte que quando o PlayStation 3 foi finalmente desbloqueado, poucos foram os usuários que mudaram e se mantiveram no lado negro. Assim que o desbloqueio saiu, foi aquela bagunça, muita gente querendo se aproveitar da novidades e baixar jogos piratas sem gastar um centavo, mas conforme os meses foram passando, os usuários viram que não vale a pena ficar “offline” na atual geração, sem atualizações de jogos e firmware, sem a PlayStation Store, sem a lista de amigos e sem os troféus.

Até as notícias piratas sumiram, ninguém mais ouviu falar da tal pirataria no PlayStation 3, mesmo ela ainda existindo. Ou seja, a pirataria no console da Sony não vingou simplesmente porque os jogadores optaram por jogos originais e isso é simplesmente fantástico.

Eu, como a grande maioria de vocês, sou jogador das antigas e tive muitos jogos piratas nas épocas de PlayStation e PlayStation 2. Entretanto, comecei a comprar jogos originais já na época do PlayStation 2 para valorizar a minha coleção. O PlayStation 3 foi o empurrãozinho que eu precisava para me tornar 100% original, com ele aprendi a realmente dar valor aos jogos originais e o movimento passou dos consoles para as músicas e filmes, que hoje opto por comprar na iTunes Store.

Antes de finalizar, gostaria de deixar um recado diretamente à todos os usuários que comentarão este artigo dizendo que “sou” ou “são” hipócritas todos que condenam a pirataria hoje, mas que já utilizaram ela no passado. Meu caro colega, a atitude mais nobre de uma pessoa é reconhecer seus erros e melhorar suas atitudes, se um dia eu usei jogos piratas e hoje não utilizo mais, é porque ví o quanto eles degradam a indústria de tanto gosto. Então se você é defensor da pirataria, ou mesmo acha um absurdo as pessoas que a condenam, pense que todos podem melhorar, mudar de opinião e de de atitudes, faça isso você também.

via Gamegen.

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